RUOP – INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DA ATES

26/03/2014 15:38

A Rede de Unidades de Observação Pedagógica (RUOP) é uma rede de unidades representativas dos principais sistemas de produção presentes nos assentamentos do RS e surge da necessidade de aprimorar a leitura da realidade em que vivem e atuam as famílias assentadas para possibilitar a qualificação da atuação das equipes técnicas. A RUOP é composta por 109 unidades acompanhadas em todo o estado do RS.

Seu objetivo é consolidar-se como uma ferramenta pedagógica das equipes de ATES. Através do acompanhamento das UOPs espera-se gerar indicadores técnicos, econômicos, sociais e ambientais sobre os principais sistemas de produção.

A discussão desses dados pela família acompanhada, equipe técnica, demais famílias com sistema similar e outras organizações locais (como mostra a Figura 01) poderá e deverá subsidiar os processos de intervenção no sistema produtivo. Esse processo de análise, discussão, intervenção, análise e assim consecutivamente é que permitirá, a partir de grupos de interesse, transformar a RUOP numa rede de unidades de referência pedagógica para a ação da ATES.

 

 

Figura 01: Grupo de interesse – base da RUOP como referência pedagógica

Durante a oficina sobre a RUOP no Encontro de Qualificação dos Técnicos de ATES foi possível visualizar o potencial da RUOP como instrumento de qualificação da ação da ATES através da análise e da comparação dos sistemas de produção. No entanto, para tal é fundamental que as informações coletadas reflitam a realidade dos sistemas. Para tal foram acordados dois encaminhamentos importantes:

1.    Conferência pela equipe técnica e ATPs (e ajuste, quando necessário) das informações da planilha Marco 2013 – pois o encontro apontou planilhas com erros;

2.    Continuidade do acompanhamento mensal das UOPs para que em julho/agosto seja possível sua sistematização e comparação com o Marco 2013.

Além de qualificar o trabalho da ATES esse processo de construção de conhecimento poderá também monitorar e validar experiências de transição agroecológica e influenciar o trabalho de outras organizações que trabalham com os assentamentos através da geração de referências para a formulação de políticas públicas para o desenvolvimento dos assentamentos ou apontando demandas concretas para os centros de pesquisa.

Por: Alisson Vicente Zarnott- ATP.

 

 

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