Dia de Campo do Núcleo Operacional de Jóia e Livreto de coleção de Mandiocas

13/06/2014 11:04

    No último dia 20 de Maio de 2014 ocorreu um dia de Campo de Campo sobre a Sustentabilidade produtiva, social e ambiental na pequena propriedade rural na comunidade do Assentamento Tarumã no município de Jóia/RS. O evento contou com a participação de assentados de reforma agrária, agricultores familiares locais, além de assentados dos Núcleos Operacionais de São Miguel das Missões e de Tupanciretã e de agricultores familiares de Condor. A atividade teve a participação de 60 pessoas, entre agricultores, equipe técnica e poder público local.    

    No período da manhã as atividades reuniram todo o público. Estas tiverem o viés sistêmico da gestão social, ambiental e produtivo e econômico do lote, e foram proferidas pelos membros da família Marques. Os Integrantes da família, Sérgio e Vilson Reis Marques, discorreram sobre o histórico familiar, organização financeira, social e ambiental até os planejamentos futuros.

    A família mostrou os bônus e os ônus das estratégias adotadas no lote até a atualidade. Além disso, discorreram sobre as dificuldades e a falta de informação para a escolha de estratégias produtivas alternativas ao agronegócio.

    A família deu um grande exemplo de organização dentro de uma proposta de desenvolvimento da propriedade baseado na monografia do curso Técnico em Agroecologia realizada por Vilson Marques, a qual serve para norteador as escolhas no lote. Por fim os irmãos demostraram que a família faz uma gestão financeira e social coletiva muito apurada convivem como uma grande família: Os irmãos com suas esposas e filhos e o pai deles. A renda tem diversas origens: da propriedade, do serviço público e de aposentadoria. As entradas e saídas são apontadas e ao final de cada mês são sistematizados, trazendo as claras a origem e o destino do dinheiro, fazendo com que as tomadas de decisões se tornem mais fáceis.

 

 

 

    Após, com a colaboração do público presente foi realizado a degustação de 19 variedades de mandioca para fins avaliativos do sabor.

 

 

 

    Pela parte da tarde ocorreram quatro estações:

    1º- Estação com viés social ambiental discorrendo sobre melhorias dos arredores, destino adequado de dejetos humanos, assim como sensibilização quanto à redução do consumo de água.

    As técnicas Márcia e Lisandra discorreram sobre o assunto usando dados do SIGRA realizando uma visualização da síntese dos mesmos quanto à quantidade de dejetos gerados e níveis de contaminação. Mostrou-se a eficiência, na prática, de uma fossa séptica com valas de infiltração, a qual é a única instalada no conjunto de assentamentos do núcleo.  

 

 

 

     2º- Estação sobre experimento de produtos alternativos em feijão preto, juntamente com a Coopercampo e a unidade Regional de Cooperativismo. A atividade foi estruturada em três etapas: a primeira discorrendo sobre a cultura do feijão dialogando sobre épocas de plantio. Após apresentou-se os materiais e métodos do experimento falando um pouco sobre a composição de cada produto utilizado, como o Silício e o Multicura, despertando o interesse e a troca de experiência entre os produtores. Também houve a participação da cooperativa local, Coopercampo, que falou sobre as estruturas que a mesma tem conquistado. Teve a participação também do Núcleo de Cooperativismo da Emater buscando mostrar a importância do associativismo e cooperativismo no meio rural.

 

 

 

    3º- Estação sobre agroprocessamento da planta mandioca para uso animal e humano. A estação foi ministrada pelo técnico Luiz Fernando, da Emater do município de Vera Cruz. Luiz Fernando discorreu sobre a composição da planta, parte aérea e raiz, problematizando da possibilidade de um melhor aproveitamento para essa cultura, tanto para consumo animal quanto para humano. A estação despertou muito interesse de equipes técnicas e produtores para saber, na prática, como aproveitar melhor essa planta tão esquecida pelos produtores.
    Foram apresentados, no mínimo, dez produtos possíveis de serem fabricados a partir da planta. Os mesmos serviam desde a alimentação humana e animal, até para o controle de pragas em hortaliças.

 

 

 

    4º- Estação sobre apresentação e avaliação de variedades de mandioca.
    O Extensionista Rural, Rodimar, dividiu sua fala em duas partes. Na primeira discorrendo um pouco sobre a cultura, sua importância na alimentação humana, assim como na produção animal. Comentou que a cultura está “esquecida” pelos produtores muito porque não temos uma cadeia produtiva e que devemos, juntamente com produtores interessados, Assistência Técnica e pesquisadores construir essa cadeia, pois a falta de produtos alimentícios de qualidade no mercado é eminente. Na segunda parte, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto as 19 variedades de mandioca, analisando alguns aspectos dentro daquilo que se busca em uma variedade comercial. Ao final da estação, foi distribuído o produto daquele trabalho que foi um livreto de 14 páginas com algumas avaliações qualitativas e quantitativas das variedades (disponível para download).

 

 

 

 

    A Avaliação da atividade foi realizada, entrevistando algumas pessoas que participaram do evento concluindo que o Dia de Campo foi proveitoso. Assim contribuiu para despertar o interesse sobre algumas atividades que são consideradas primordiais como o caso da produção e comercialização de alimentos, e para fomentar a importância do cooperativismo e associativismo, assim como da gestão qualificada da pequena propriedade.

 

 

Segue em anexo o arquivo do Livreto das váriedades de Mandioca: https://www.dropbox.com/s/a5dbxf7zlu4yrmg/Livreto%20da%20cole%C3%A7%C3%A3o%20de%20variedades%20de%20mandioca%20%281%29.docx

—————

Voltar



Crie um site gratuito Webnode